terça-feira, 14 de agosto de 2012

Infusorios

http://aquariofiliabr.blogspot.pt/2007/08/aprendendo-fazer-infusrios-para-os.html



APRENDENDO A FAZER INFUSÓRIOS PARA OS ALEVINOS


(imagem retirada do site http://www.portalnetuno.kit.net/imagens_corpo/infusorios.jpg sem fins lucrativos ou obter vantagens)


Os infusórios são seres em espécies microscópicas e espécies visíveis a olho nú que surgem de matérias orgânicas em decomposição que esteja em contato com a água ou humidade, são usados para a alimentação de alevinos, o microrganismo mais conhecido nos infusórios é o "parecium", ele é vísivel a olho nú.

Para ter infusórios é muito simples, você deve proceder da seguinte forma:






  • Deixe algumas folhas de alface ou outro vegetal secando no sol até ficar completamente seco, o que pode levar uns 2 dias.

  • deixe separado 1 litro de água "velha", ou seja, sem poluentes, retire-á de seu aquário mesmo e deixe em algum recipiente.

  • quando o vegetal estiver seco, insira-o no recipiente com a água, espere 2 dias até entar em decomposição, pronto está feito.

Será preciso que você alimente os infusórios, mas só fará isso quando a água da infusão passar da fase "opaca" para a fase cristalina, quer dizer que a matéria alimentícia deles acabou, será preciso que você coloque diariamente uma gota de leite para servir de alimento a eles. Depois de umas duas semanas essa infusão criará mau cheiro, é aconselhável fazer uma nova infusão. Para você coletar os infusórios, pegue um lanterna e direcione a luz para um unica parte do recipiente, você vai ver seres brilhando, então retire com uma serinda, colher ou copo e sirva para os alevinos. Ofereça 5 vezes ao dia. Um abraço


alemaumsm@bol.com.br

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http://www.bio-peixe.com/reproducao/os_infusorios.htm




· Fontes de infusórios
· Outros processos de obtenção de culturas
· Preparação de uma cultura
· Fornecimento do alimento aos peixes


Os infusórios, um termo muito usado na criação de peixes de aquário, têm aqui um sentido diferente do seu significado científico. Os criadores de peixes empregam-no, num sentido muito geral, para designar
todos os organismos multicelulares animais e vegetais que podem servir de alimento aos peixes.
Os melhores de todos os infusórios são, na nossa opinião, os protozoários. Há protozoários de diferentes tipos e tamanhos. Examinando a cultura com um microscópio pouco potente ou com uma lupa forte, podem identificar-se os tipos de protozoário que nela se encontram. O método mais vulgar para obter culturas de infusórios consiste em comprar num fornecedor de laboratórios de biologia uma cultura de um único tipo, que poderá ser multiplicada à medida das necessidades dos peixes.
Os infusórios vivem em substâncias em decomposição, alimentando-se directa ou indirectamente dos produtos dessa decomposição. Recolhendo num conta-gotas um pouco de lodo. Do fundo do aquário e examinando-o ao microscópio, verificar-se-á que contém grande número e variedade de organismos vivos. Um aquário instalado há bastante tempo contém geralmente uma quantidade de organismos desse tipo que chega para alimentar um grupo de alevins durante vários dias. Pode aspirar-se esse lodo com um sifão para alimentar os peixes de um aquário de reprodução numa emergência. Acontece alimentar alevins de Trichogaster trichopterus com água extraída de um aquário de jacarés que raramente era limpo, criaram-se muito bem por esse processo. A água de um aquário de tartarugas contém geralmente grande quantidade desses organismos microscópicos, caso não seja substituída com muita frequência. Diz a experiência que a água retirada de aquários de jacarés ou tartarugas são um excelente alimento para peixes recém-nascidos.

Fontes de infusórios


Todas as águas estagnadas de lagos ou charcos com grandes quantidades de algas, que as tornam esverdeadas, são ricas em diatomáceas, excelente alimento para os peixes pequenos. Essas águas esverdeadas, coadas por uma rede fina de nylon, para eliminar os inimigos dos peixes, constituem o melhor alimento para os mais minúsculos dos peixes recém-saídos do ovo. Os Bettas, a maioria dos Characidae e muitos outros peixes minúsculos recém-saídos de ovos de eclosão rápida dão-se muito bem com esse alimento. Regra geral, quanto mais lenta é a eclosão do ovo, maior é o peixe que dele sai. As crias de peixes como os Çichlidae e os Cvprinodontida são muito maiores quando nascem e não necessitam desse alimento. Depois de terem absorvido o saco vitelino, podem comer protozoários maiores, pois os protozoários minúsculos são demasiado pequenos para o estômago.
Quando se pretende reproduzir peixes ovíparos, convém preparar com antecedência culturas de infusórios, que estarão prontas a servir de alimento quando os peixes tiverem saído do ovo. Um método muito antigo e muito usado nas aulas de ciências naturais consiste em deitar 0,5 1 de água a ferver sobre uma mão cheia de feno, deixando depois arrefecer a água num boião de vidro destapado. Ao fim de uma semana pululam no frasco toda a espécie de microrganismos. Por vezes as bactérias levam a melhor, e o conteúdo do frasco começa a cheirar muito mal. Nesse caso, deita-se fora a cultura e prepara-se outra. Quando se consegue obter uma boa cultura, poderão ser conseguidas outras a partir da primeira. Basta para tal acrescentar à água de outro boião preparado pelo mesmo processo uma colher de chá de água da primeira cultura de microrganismos.

Outros processos de obtenção de culturas


Todos os criadores têm os seus métodos favoritos de obtenção de culturas de protozoários. Pode utilizar-se para o efeito folhas de alfaces esmagadas, farinha de fava, fermento seco, cascas de bananas secas, sangue seco, ovo em pó. De uma maneira geral, servem para este efeito todas as matérias orgânicas de decomposição rápida. O processo de decomposição é acelerado deitando água a ferver em cima da matéria orgânica.
Pode também fazer-se culturas de água esverdeada começando com água retirada de um lago de água estagnada. As culturas de água esverdeada precisam não só de alimento, como também de uma luz forte. Os esporos das algas que dão origem a essa cor esverdeada da água são muito resistentes. Quando um charco ou um lago de água esverdeada seca, os esporos secam também e são transportados pelo vento para outros locais. E essas a razão por que uma cultura ou a água de um aquário, que se manteve limpa durante muitos anos, se tornam esverdeadas de repente. Desde que se verifiquem as condições necessárias, muita luz e a presença de matéria orgânica em decomposição, tal como restos de alimento deixados pelos peixes, as algas reproduzem-se muito rapidamente. Em pouco tempo a água mais límpida torna-se tão verde como um puré de ervilhas.
Os fornecedores dos laboratórios de biologia vendem culturas puras, acompanhadas das instruções para o seu tratamento. Vendem também por um preço muito módico o meio de cultura mais apropriado para os organismos adquiridos. No caso de a lista dos tipos de organismos disponíveis ser demasiado extensa, o criador inexperiente deverá aconselhar-se com o fornecedor, indicando as suas possibilidades e o tipo de peixes que pretende criar. Decerto lhe arranjarão uma cultura adequada.

Preparação de uma cultura

Pode preparar-se à base de leite uma cultura inodora pelo seguinte processo, ferve-se um litro de água durante vinte minutos. Deixa-se arrefecer e acrescentam-se cinco gotas de leite desnatado ou uma pitada de leite em pó magro. Deixa-se ficar assim durante três dias, e ao fim desse tempo acrescenta-se um pouco de uma cultura que contenha já os microrganismos. Um torrão de terra húmida do jardim contém o número de organismos suficiente para iniciar uma cultura. Pode também deitar-se a mistura de água e leite em pratos rasos destapados, examinando-os regularmente. Utiliza-se como primeira cultura o líquido que apresenta maiores sinais de conter organismos vivos. Pode acrescentar-se de quatro em quatro ou de cinco em cinco dias mais algumas gotas de leite ao meio utilizado para prolongar a cultura durante algum tempo.
Convém ter sempre várias culturas preparadas, começando-as a intervalos regulares. No caso de uma das culturas se estragar, dispõe-se assim de algumas de reserva. Todas as culturas de infusórios têm de ser mantidas a uma temperatura de cerca de 24° C. A temperaturas inferiores, a actividade dos microrganismos abranda e a reprodução decresce. Uma temperatura demasiado elevada acelera a decomposição, que se faz acompanhar de uma multiplicação rápida das bactérias, em detrimento dos organismos desejáveis. Devem examinar-se regularmente todas as culturas de infusórios, para verificar se contêm vida. Caso não disponha de outra maneira de fazer esse exame, deite um pouco de água num frasquinho de vidro e coloque-o contra a luz. Se a água contiver uma nuvem de partículas em movimento, é porque nela estão presentes microrganismos vivos.

Fornecimento do alimento aos peixes


Não só se têm de fornecer aos peixes recém-saídos do ovo os alimentos adequados, como ainda a forma como esses alimentos são fornecidos é muito importante. Nunca se devem cultivar os infusórios no mesmo aquário em que se estão a criar os peixes. Os produtos da decomposição de que os infusórios se alimentam são tóxicos para os alevins. Os infusórios têm de ser cultivados noutro recipiente, fornecendo-se várias vezes ao dia uma pequena quantidade deles aos alevins. A quantidade a fornecer depende do número e do tamanho dos peixes. Uma chávena de uma boa cultura como dose total diária, fornecida por várias vezes, é o suficiente para alimentar de 300 a 400 Betta pequenos, por exemplo. Um exame da água do aquário permitirá verificar se nela estão presentes organismos em quantidade suficiente para alimentar os peixes. Alguns criadores improvisam um processo de fornecimento gota a gota, introduzindo os infusórios no aquário por um tubo estreito que funciona como um sifão. Regula-se a quantidade de líquido introduzido no aquário por meio de uma pinça cirúrgica. Tem de se verificar se a quantidade de água introduzida no aquário não o faz transbordar, no caso de o criador se ausentar durante algum tempo. Uma outra precaução a observar diz respeito à temperatura da água da cultura. Os peixes muito pequenos não toleram as alterações da temperatura da água do aquário. Tem portanto de se verificar se a temperatura do caldo de cultura é semelhante à temperatura da água do aquário.
Se bem que os infusórios sejam indiscutivelmente o tipo de alimento mais adequado para os peixes demasiado pequenos, para comerem alimentos maiores pode recorrer-se a substitutos, que permitem obter resultados também satisfatórios. Alguns dos alimentos secos que se vendem no comércio são suficientemente finos para poderem ser dados aos alevins recém-nascidos. Pode preparar-se um outro alimento aceitável embrulhando num trapo de nylon um pouco de gema de ovo cozido e espremendo-a para dentro de uma chávena de água, até que a água fique amarela. Fornecem-se aos alevins pequenas quantidades desta água, utilizando um conta-gotas para regular as porções. Pode também dar-se aos peixes com um conta-gotas algumas gotas de leite ou de sumo de ostra. Um outro alimento apropriado será um pouco de fígado ou de carne crua, coado por uma peneira fina. Em vez da gema de ovo, pode colocar-se dentro do trapo de nylon e espremer para dentro da chávena de água alguns vermes brancos reduzidos previamente a uma polpa.
De vez em quando podem surgir numa cultura de infusórios ou num aquário em que esta tiver sido introduzida minúsculos vermes brancos. Trata-se geralmente de um protozoário chamado Spirostomum. Esses vermes são inofensivos e desaparecem do aquário assim que se elimina toda a matéria em decomposição que este contém. Nunca vi que os peixes os comessem, se bem que não haja razões para que o não façam. Alguns criadores afirmam que os alevins comem o Spirostomum. Esses protozoários aparecem geralmente quando se utilizam "pastilhas de infusórios" adquiridas no comércio. Essas pastilhas contêm material de decomposição rápida comprimido sob a forma de pastilhas. Têm a mesma função do que os meios de cultura atrás referidos.
Seja qual for o tipo de alimento utilizado, deve fornecer-se aos peixes quantidades suficientes muitas vezes ao dia, mas sem exagerar, para não poluir a água do aquário.